A ideia desse blog surge de um desejo e uma certeza. O desejo:Muita vontade de escrever. A certeza: em algum momento essa vontade vai passar, mas pode voltar, e passar e voltar novamente. Simples e sempre... Ou nem sempre!



sábado, 24 de julho de 2010

E Dessistir...Pode?


Dentre muitas regras do pode não pode, do certo e errado, me confundo quando tento desvencilhar desistir de recomeçar. Pra mim, pelo menos, esses dois verbos deveriam andar juntos, e quem sabe até se tornarem amigos na conjugação da vida.

Dar meia volta, mudar a rota, deixar pra trás coisas e pessoas que não te fazem bem, simplesmente desistir de algo, ou alguém, deveria ser virtude. Mas vai você desistir pra ver! Abandonar a academia, desistir de um projeto, trancar um curso, mudar totalmente de área, pronto, você se torna o senhor fracassado,e ainda carrega o estereótipo de indeciso e não confiável.

Porque será que o desistir é tão julgado, desrespeitado e incompreendido, quando deveria ser visto, como um ato de coragem e respeito próprio.?

Imagine quantas pessoas carregam um peso, maior do que o mundo, continuam investindo em insucessos e desprazer. Remando literalmente contra a maré da vontade própria, dando murros em ponta de faca, só pelo pavor de desistir. Imaginem o coitado do Leão, que há anos deve estar querendo desistir de ser o Rei da selva, pra ser simplesmente o leãozinho como canta Caetano.

Agora é impossível não pensar em tantas coisas que eu já deveria ter desistido há anos. Desistido de adaptação, religião, de gente chata e sem noção,desistido de tentar agradar, de me desrespeitar fazendo o que não gosto, de sorrir pra impor que sou feliz, de alisar meu cabelo a qualquer custo, de malhar pra dizer que sou da geração saúde, enfim, a lista seguiria infinda.

Sinto que nessa brincadeirinha do medo de desistir, perdemos a oportunidade de recomeçar novos projetos, novos sonhos, de nos conhecer melhor, sem nos negar, sem temer a obrigação, a aprovação e a instabilidade.
Seria muito mais simples se desistir fosse um direito garantido pela constituição “Todo ser humano tem o direito de ir, vir e... DESISTIR. Melhor do que isso, seria se desistir não fosse palavrão.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Desejando ser ...



Hoje acordei com vontade de ser outra pessoa...
De cara pensei: Bem que eu podia ser Corine por um dia, por umas horas, por uma vida!
Ela é incrível... simples e incrível.
Do tipo de pessoa que não complica nada, não se preocupa com nada...Solta a voz e segue, canta, encanta e hipnotiza.

Passaram as horas, me vesti, me pintei, tietei, e fiz coover no espelho... Mas ainda assim não consegui chegar aos pés de ser Corine...

Tudo bem, eu me rendo. Ela é única. Nunca vou ser ela, mas sei imita-la direitinho. É claro que me faltam alguns adereços, mas que eu a imito, imito. E vc que lê, perde por não ver!
È no mínimo divertido, como eu!

E pra seguir melhor ainda, nada como Ela em pessoa, nos brindando com um inicio de final de semana despretensioso e lindo. Simples e lindo, um final de semana Corine de ser.
Quero ser Elaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sobre o Tempo...

Quanto penso no tempo, involuntariamente começo a cantarolar uma antiga e linda música de Nana Caymmi, “Resposta ao tempo”.

Uma semana após adentrar de corpo e alma no mundo do de repende 30, me vejo tão longe do filme e muito mais longe da realidade. (Meu Deus, eu não me reconheço nessa idade. )Sei lá, às vezes esqueço quantos anos eu tenho, e preciso ficar fazendo contas, lembrando em qual ano eu nasci. E isso me vem porque realmente acho que não tenho toda essa idade, se é que ela é tão toda assim... E mesmo sendo, isso nem me importa. (Pelo menos, não deveria!)

Mas ele gira em volta de mim, insiste em me viajar... Tempo, tempo, tempo mano velho, seja meu amigo! Seja legal...

Na minha busca por falar de tempo, me lembro que quando o sentimos é porque algo vai mal, porque quando esta tudo mais do que bem, ele cria asas e voa.
Pensando assim, 30 anos, voaram, ou seja: acho que foi bom, porque eu nem senti. Passou e eu nem vi. Não doeu, mas me encheu de lembranças, e olhando pra trás só consigo rir,gargalhar e ver a grande diferença do que eu era pra quem sou... Ver no que me tornei. Isso é evolução.

Sou até tomada por um baita orgulho de mim mesma. Eu fui legal e leal comigo, e se eu continuar assim acreditarei que realmente as rugas são psicológicas e as dores musculares também, afinal, o tempo nem passou... Ainda sou tão jovem, e segundo Renato Russo, tenho todo tempo do mundo.

Mas eu nem quero todo tempo do mundo, quero apenas o que me pertence, o que eu tenho direito,( se é que tenho direito a alguma coisa) e o que Deus reservou pra mim, nada mais que isso. Meu tempo, nem é meu! ... E nessa, eu posso inserir, minha nova idade, ela também nem me pertence, nem é minha, me faço de doida. Deve ser de outra pessoa, menos minha.

E mesmo que eu insista em não me reconhecer nessa idade, no fundo sei que ela é real , mas também não preciso encanar com isso...Afinal, sem exagero, sinto que estou no auge da minha plenitude!...
Quanto ao tempo, quem ele é de verdade, mocinho ou bandido realmente não sei ..., mas tenho uma certeza, não me reconheço nele, e nem estou presa a ele. Mas ele esta preso a mim. E isso, no fundo, até que é bom!